quinta-feira, 30 de maio de 2013

História Infantil: O Sapo que virou Príncipe


Era uma vez uma bondosa princesa muito bonita, que vivia num reino muito distante.
Um dia, sem querer, a princesa deixou cair uma bola dentro de um lago. Pensando que a bola
estivesse perdida, começou a chorar.




— Princesa, não chore. Vou devolver a bola para você. — disse um sapo. — Pode fazer isso? – perguntou a princesa. — Claro, mas, só farei em troca de um beijo. A princesa concordou....



Então, o sapo apanhou a bola, levou-a até os pés da princesa e ficou esperando o beijo. Mas, a princesa pegou a bola e correu para o castelo. O sapo gritou: — Princesa, deve cumprir a sua palavra! O sapo passou a perseguir a princesa em todo lugar. Quando ia comer, lá estava o sapo pedindo a sua comida. O rei, vendo sua filha emagrecer, ordenou que pegassem o sapo e o levassem de volta ao lago. Antes que o pegassem, o sapo disse ao rei: — Ó, Rei, só estou cobrando uma promessa. — Do que está falando, sapo? Disse o rei, bravo.

— A  princesa prometeu dar-me um beijo depois que eu recuperasse uma bola perdida no lago. O rei, então, mandou chamar a filha. O rei falou à filha que uma promessa real deveria ser cumprida. Arrependida, a princesa começou a chorar e disse que ia cumprir a palavra dada ao sapo. A princesa fechou os olhos e deu um beijo no sapo, que logo pulou ao chão. Diante dos olhos de todos, o sapo se transformou em um belo rapaz com roupas de príncipe. Ele contou que uma bruxa o havia transformado em sapo e somente o beijo de uma donzela acabaria com o feitiço. Assim,
       ele se apaixonou pela princesa e a pediu em casamento. A princesa aceitou.

Fizeram uma grande festa de casamento, que durou uma semana inteira.

A princesa e o príncipe juntaram dois reinos e foram felizes para sempre.











Disponível em: http://contaqueeureconto.blogspot.com.br/2011/04/historia-infantil-o-sapo-que-virou.html

terça-feira, 28 de maio de 2013

Hans Robert Jauss

 




Na história do prazer estético, Jauss apresenta três categorias fundamentais da fruição estética: Poiesis, Aisthesis e Katharsis":
Poiesis, no sentido aristotélico de "faculdade poética", seria o prazer que o sujeito tem diante da obra que para Santo Agostinho volta-se a Deus e que no Renascimento era a base do sujeito autônomo. A Poiesis corresponde à visão de Hegel sobre à arte, segundo a qual o indivíduo pode "sentir-se em casa no mundo" pela criação artística. O homem alcança um saber que nem diz respeito ao conhecimento científico nem ao artesanato passível de reprodução. O prazer da criação na produção.
Aisthesis, seria prazer estético da percepção ante o imitado. No sentido aristotélico da estética como disciplna autônoma. Com Baugarten1, a estética se coloca com o significado de conhecimento pela percepção e da experiência sensíveis. Aisthesis para Konrad Fiedler é a "pura visibilidade", prazer sem conceito; para Chklovski como um estranhamento, uma visão renovada; para Moritz Geiger uma "contemplação desinteressada da plenitude do objeto"; para Jean-Paul Sartre como a experiência da "densidade do ser"; para Dieter Henrich como "pregnância perceptiva complexa". Legitima-se, assim, o conhecimento sensível diante da primazia do conhecimento conceitual.
Katharsis, unindo a visão de Górgias e Aristóteles, seria o prazer dos afetos provocados pelo discurso ou pela poesia capaz de fazer o observador mudar suas convicções ao liberar sua psique. Katharsis corresponde à função social das artes, inaugurando e mediando as regras de ação. Busca libertar o observador dos interesses práticos e de sua implicações, a fim de levá-lo ao encontro com a liberdade estética de sua capacidade de julgar através do prazer de si no prazer do outro.
Para Jauss essas três categorias básicas da experiência estética, Poiesis, Aisthesis e Katharsis, não devem ser vistas de forma hierarquica mas sim como funções autônomas, podendo se completar.
O encontro da teoria da recepção com a questão do prazer inaugura a recente visão fenomenologica do afeto como propulsor das possibilidades encontradas a partir do encontro com o outro pela dinâmica da recepção.
 
Disponível em:  http://wwwusers.rdc.puc-rio.br/imago/site/recepcao/textos/natalia.htm

ESCRITORA LYGIA BOJUNGA



Lygia Bojunga Nunes (Pelotas, 26 de agosto de 1932), ou simplesmente Lygia Bojunga, é uma escritora Brasileira.
 Iniciou a sua vida profissional como atriz, tendo-se dedicado ao rádio e ao teatro, até voltar-se para a literatura. Com a obra Os colegas (1972) conquistou um público que se solidificou com Angélica (1975), A casa da madrinha (1978), Corda bamba (1979), O sofá estampado (1980) e A bolsa amarela (1981). Por estes livros recebeu, em 1982, recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio literário infantil, uma espécie de Prêmio Nobel da literatura infantil. O prêmio foi concedido pela International Board on Books for Young People, filiada à UNESCO. Os colegas já antes havia conquistado o primeiro lugar no Concurso de Literatura Infantil do Instituto Nacional do Livro (INL), em 1971, com ilustrações do desenhista Gian Calvi.
Lygia Bojunga Nunes tem recebido reiterados elogios da crítica especializada, quer brasileira, quer estrangeira. No cenário brasileiro, com frequência tem sido reportada como a herdeira ou sucessora de Monteiro Lobato, por estabelecer um espaço em que a criança tem — através da liberdade da imaginação — uma chave para a resolução de conflitos, o que Monteiro Lobato mostrou saber fazer com maestria1 . Algumas vezes, no cenário internacional, costuma-se compará-la a Saint-Exupéry e a Maurice Druon, pela notável sensibilização infantil destes através de O Pequeno Príncipe e O Menino do Dedo Verde, respectivamente. Com efeito, misturando com habilidade o real e a fantasia, Lygia alcança, num estilo fluente, entre o coloquial e o monólogo interior, perfeita comunicação com seu leitor.
Consciente de que literatura é comunicação, a autora não recusa tratar de temas considerados problemáticos, como suicídio, em 7 Cartas e 2 Sonhos (1983) e O Meu Amigo Pintor (1987); assassinato, em Nós Três (1987) e abandono dos filhos pela mãe, no conto "Tchau", no volume de mesmo nome (1984).
Com o livro Um Encontro com Lygia Bojunga Nunes (1988), reuniu textos sobre sua relação com a literatura, apresentando, de forma dramatizada, o resultado de seu trabalho. Esse é também o início de uma reflexão metaliterária, que se estende por Paisagem e Fazendo Ana Paz, ambos de 1992, onde refletiu sobre o que é fazer literatura, fazendo literatura, linha que tem em Feito à Mão (1996), uma realização radical, pois o livro foi feito com papel reciclado e fotocopiado — uma alternativa à produção industrial.
Com Seis vezes Lucas e O Abraço, também de 1996, retoma um tema instigante deste final de século: uma literatura dirigida a qualquer leitor, estando no objeto-livro a maneira de adequá-la às diversas etapas da vida humana.
É um dos maiores nomes da literatura infanto-juvenil brasileira e mundial, assim consagrada pela qualidade de sua obra e caracterização da problemática da criança, acuada dentro do núcleo familiar.
Sua obra já foi publicada em alemão, francês, espanhol, sueco, norueguês, islandês, holandês, dinamarquês, japonês, catalão, húngaro, búlgaro e finlandês.
Seus livros têm sido altamente recomendados pela crítica européia e estão sendo radiofonizados em vários países, sendo que um deles,Corda bamba, foi filmado na Suécia. Casada com um inglês, vive parte de seu tempo em Londres e parte no Rio de Janeiro. A autora prepara uma transposição para o teatro de 7 cartas e 2 sonhos.

 

Obras


  • Os Colegas - 1972
  • Angélica - 1975
  • A Bolsa Amarela - 1976
  • A Casa da Madrinha - 1978
  • Corda Bamba - 1979
  • O Sofá Estampado - 1980
  • Tchau - 1984
  • O Meu Amigo Pintor - 1987
  • Nós Três - 1987
  • Livro, um Encontro - 1988
  • Fazendo Ana Paz - 1991
  • Paisagem - 1992
  • Seis Vezes Lucas - 1995
  • O Abraço - 1995
  • Feito à Mão - 1996
  • A Cama - 1999
  • O Rio e Eu - 1999
  • Retratos de Carolina - 2002
  • A Bolsa Amarela - 2005
  • Aula de Inglês - 2006
  • Sapato de Salto - 2006
  • Dos Vinte 1 - 2007 (coletânea de capítulos dos livros anteriores) 

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lygia_Bojunga


terça-feira, 21 de maio de 2013

Direitos imprescritíveis do leitor

                       Direitos imprescritíveis do leitor

1. O direito de não ler
O leitor tem direito de não ler o que não quer.

 2 O direito de pular as páginas
O leitor tem direito de pular as páginas do livro que não quer ler.

3. O direito de não terminar de ler o livro.
Ser leitor é ter direito de ler outro livro sem terminar de ler o livro anterior que estava lendo e de ler quantos livros quiser sem terminar de ler.

4. O direito de reler.
O leitor tem direito de reler quantas vezes quiser ou fizer necessário o livro e assim se deleitar com a leitura.

5. O direito de ler não importa o quê.
O leitor tem direito de ler o quê quiser na hora em que desejar.

6. O direito de  ao "bovarysmo"  (doença textualmente transmissível) 
Converter a leitura em uma prática voluntaria e cotidiana de forma prazerosa e desejada.

7. O direito de ler não importa onde.
Ser leitor é ler nos lugares mais inesperado seja no ônibus cheio, na margem do rio ou até mesmo na fila do banco.

8. O direito de colher aqui e acolá.

9. O direito de ler em voz alta.
O leitor tem direito de ler em voz alta na hora que quiser sem ser incomodado.

10. O direito de se calar.


Texto adaptado de Daniel Penac